“É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas”, disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

domingo, 23 de outubro de 2011

TUBARÕES- MARTELO SÃO MASSACRADOS NA COLÔMBIA


CERCA DE DOIS MIL PEIXES FORAM ENCONTRADOS MORTOS APÓS TEREM SUAS BARBATANAS RETIRADAS

19 de Outubro de 2011 às 18:0

Cerca de dois mil tubarões-martelo foram abatidos na Ilha de Malpelo, localizada a cerca de 500 quilômetros da costa colombiana. O massacre foi notado por um grupo de mergulhadores que vieram da Rússia para estudar a espécie e acharam tubarões sem as barbatanas caídos no fundo do oceano, todos já mortos. Eles avistaram cerca de dez barcos pesqueiros ilegais na região, todos com a bandeira da Costa Rica.

Malpelo é um santuário natural desde 2006 reconhecido pela UNESCO como patrimônio ambiental da humanidade. Lá se abrigam diversas espécies de algas e animais marinhos, principalmente tubarões. A alta concentração desses animais e a falta de policiamento na região atraem navegações ilegais que visam retirar as barbatanas, vendidas como iguarias gastronômicas por cerca de 300 dólares cada. A curiosa refeição é muito apreciada na culinária chinesa.

As autoridades colombianas começaram as investigações sobre o caso e pediram a colaboração do governo costa-riquenho, que condenou energicamente a caça. O nome de três barcos já foram identificados: Marco Antonio, Jefferson e Andy

FONTE:247

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AS IMPRESSIONANTES INUNDAÇÕES DE BANGCOC-TAILÂNDIA

O INSUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO

Nelson Provasi

COM O PÉ NO BREQUE

Do jeito que está, não dá para ficar

É impossível reduzir as emissões de gases do efeito estufa sem pôr um freio no crescimento da economia, afirma o inglês Tim Jackson


A atual crise financeira global vem tirando o sono de muita gente – de trabalhadores angustiados com o fantasma do desemprego a investidores que amargam prejuízos com a queda da bolsa de valores, de empresários que estão arrancando os cabelos por causa da diminuição de seus lucros a governantes preocupados com a ameaça da recessão. Esse cenário sombrio, no entanto, é uma excelente oportunidade para as pessoas refletirem sobre as armadilhas do atual modelo econômico, baseado na busca obsessiva do crescimento.

É o que diz o matemático e filósofo inglês Tim Jackson, professor de desenvolvimento sustentável da Universidade de Surrey, na região de Londres. Para Jackson – um estudioso das relações entre o estilo de vida e o ambiente –, se a economia mundial continuar a crescer no mesmo ritmo dos últimos anos, será impossível garantir a sustentabilidade das próximas gerações. Segundo ele, a atitude mais sensata que cada um de nós pode adotar para um mundo mais sustentável é comprar menos – já que as medidas adotadas até agora têm sido insuficientes para neutralizar as emissões de gases que causam o efeito estufa. “Acreditar que as emissões vão diminuir enquanto a economia continuar crescendo sem limites é a receita do desastre”, afirma Jackson na entrevista a seguir.

Qual é o papel da economia para a sustentabilidade do mundo?

Em geral, a economia trata do gerenciamento de recursos – humanos, naturais e financeiros. Uma sociedade justa e saudável, que viva dentro de limites ambientais definidos, precisa ter sustentabilidade econômica, na qual se concentram os recursos apropriados para várias gerações. No momento, nossa teoria econômica não funciona bem dessa forma.

Como ela funciona?

A crise financeira é um exemplo e um grande alerta. Ela demonstra que ainda não sabemos como lidar com a economia. A única maneira com que fazemos a economia funcionar é estimular cada vez mais consumidores a gastar com coisas de que eles realmente não precisam, o que compromete os recursos naturais e polui o ambiente. O problema financeiro mundial que veio à tona agora mostra que estamos na armadilha de um modelo econômico falido. E também se trata de um desastre em termos ecológicos. A boa notícia é que temos uma oportunidade única de tirar lições da crise e construir algo melhor.

O capitalismo é negativo para a sustentabilidade?

Sim. Generalizando, a idéia do capitalismo irrestrito é uma das responsáveis por este caos que estamos vivendo. Achar que isso pode ser uma saída é um pensamento extremamente otimista.

Qual é a saída então?

O crescimento é essencial para o desenvolvimento das economias. A idéia de que podemos tirar 2 bilhões de pessoas no planeta da mais absoluta pobreza sem crescimento é claramente problemática.

Isso significa que cada país pode continuar crescendo sem limites?

Não acredito nisso. No momento, o crescimento é estruturalmente importante. Mas isso acontece porque uma economia em crescimento é estável, enquanto uma economia que pára de crescer corre o risco de entrar em colapso. É realmente importante construir novas macroeconomias, que encontrem uma forma de estabilidade que não esteja baseada no crescimento ilimitado. Não parece tão simples.

Em sua opinião, como deve ser a construção dessas macroeconomias?

Esse é possivelmente o problema mais importante do nosso tempo, mas ainda posso contar nos dedos de uma mão o número de pessoas que estão trabalhando com esse objetivo! A idéia mais aceita é que devemos continuar crescendo, mas isso não faz sentido. A crise financeira nos mostra que nem economicamente faz sentido. Imagine, então, ecologicamente. Para mobilizar uma mudança de fato na economia, o governo tem de liderar a iniciativa de diminuição de consumo e do crescimento.

POR ESTELA SILVA
REVISTA SUPERINTERESSANTE /EDIÇÃO VERDE/2008.


DEPUTADA FEIRENSE APRESENTA PROJETO QUE VISA IMPLANTAR PONTOS DE COLETA PARA DESCARTE DE MEDICAMENTOS VENCIDOS

Um projeto de lei que visa implantar pontos de entrega voluntária de medicamentos vencidos e instituir a política de informação sobre os riscos ambientais causados pelo descarte incorreto desses produtos foi apresentado pela deputada estadual Graça Pimenta na Assembleia Legislativa (AL). O objetivo da parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, é proteger o meio ambiente e a saúde da população. “É comum, após o uso ou vencimento de medicamentos, as pessoas não saberem o que fazer com as cartelas, frascos e caixas. A falta de um lugar específico para recolher as sobras desses medicamentos faz com que eles sejam jogados no lixo. Por isso, se faz necessária a implementação de uma política de descarte desse tipo de material, a fim de proteger não só o meio ambiente como também à saúde da população”, declara a parlamentar. Segundo estudos, ao despejar sobras de remédios em ralos ou jogá-los em um lixo comum, as substâncias químicas presentes acabam caindo em rios, ou qualquer outro meio de distribuição de água, fazendo com que sejam encontrados fármacos nas águas consumidas pelos seres humanos e animais. Além disso, tais componentes químicos afetam o solo, o ar, prejudicando qualquer meio de vida exposto. De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), os resíduos resultantes da produção e descarte de produtos farmacêuticos são enquadrados como resíduos perigosos, merecendo assim, tratamento adequado. O Artigo 2º do projeto determina que a divulgação dos locais para recebimento dos medicamentos vencidos e as informações sobre os riscos causados pelo descarte incorreto desses produtos serão efetivadas através de campanhas publicitárias para esclarecimento e conscientização sobre o risco causado ao meio ambiente pelo descarte incorreto de medicamentos vencidos. O Artigo 3° estabelece que o Poder Executivo,por meio do orgão competente,ficará responsável pelo recolhimento e destinação final dos medicamentos vencidos e coletados em cada ponto implantado para esse fim.

FONTE: ASSESSORES DA PARLAMENTAR

A MADONA DOS DESCAMISADOS FEIRENSES, QUE DISTRIBUI BRINQUEDOS NO DIA DAS CRIANÇAS E QUE,SEGUNDO ALGUNS ANALISTAS GENEROSOS, JÁ TEM UMA FAIXA PRÓPRIA DE ELEITORES EM FEIRA DE SANTANA, APRESENTA UM BOM PROJETO À AVALIAÇÃO CRÍTICA DOS SEUS PARES .
TRATA-SE DE TEMA RELEVANTE .
OLDECIR MARQUES

DEGELO NO ÁRTICO PODE SER QUATRO VEZES MAIOR












http://correiodobrasil.com.br/degelo-do-artico-pode-ser-quatro-vezes-maior/315263/

sábado, 15 de outubro de 2011

PLÁSTICOS QUE POLUEM OS OCEANOS

Créditos das fotos: © Brian Snyder / Reuters / Reuters

A maioria das partículas que poluem os oceanos vem da lavagem de roupas sintéticas.

Mais de 240 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano no mundo. Uma pequena parte é encontrada nos oceanos em pequenos fragmentos cujo tamanho não excede 1 mm. Eles flutuam na superfície da água ou ficam presos nos sedimentos. Esta poluição tem ocorrido desde os anos 1960, e se amplia cadas vez mais. No ano passado, uma equipe de cientistas europeus estimou que havia cerca de 500 toneladas de plásticos na região do Mediterrâneo, incluindo muitas micropartículas. Os laboratórios da ONU e ao redor do mundo assumiram o caso.

Uma equipe liderada por Richard Thompson, da Universidade de Plymouth (Inglaterra), acaba de fazer uma descoberta inesperada: quase 80% das partículas retidas nos sedimentos são pedaços de fibras sintéticas da indústria têxtil. Em amostras de 18 locais do litoral em seis continentes, encontraram o poliéster (56%), acrílica (23%), polipropileno (7%), polietileno (6%) e fibras de poliamida ( 3%). Em outras palavras, lavando suas roupas os seres humanos poluem os oceanos.Seu trabalho foi publicado online na revista Environmental Science & Technology.

O maior desejo de pesquisadores ingleses era saber o que acontecia em uma máquina de lavar. Lavando-se uma única peça e filtrando-se a água, eles levantaram uma média de 1.900 micropartículas. De acordo com seus cálculos, 100 fibras por litro são liberadas na água de lavagem. Considerando-se a população mundial pode-se imaginar a quantidade de partículas envolvidas. Estações de tratamento de esgoto não podendo conter estas partículas, elas descem os rios e terminam no mar. "Há certamente outras fontes, como têxteis sintéticos, reconhece Mark Anthony Browne, o primeiro autor do estudo, como a fragmentação de sacos de plástico ou partículas presentes em produtos de limpeza. Pesquisas ainda são necessárias, mas os fabricantes de têxteis e especialistas em equipamentos e estações de tratamento devem resolver o problema"

Os consumidores podem colaborar para resolver o problema preferindo roupas de algodão.

As micropartículas de plásticos podem, segundo ele, representar um risco para a vida marinha que pode absorvê-las. Eles podem atrair e carrear substâncias tóxicas, tais como PAHs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) e PCBs (bifenilas policloradas).

AUTOR: YVES MISEREY FOTO: REUTERS

FONT: LE FIGARO.FR TRADUTOR:OLDECIR MARQUES

ENERGIA RENOVÁVEL:PRODUZINDO HIDROGÊNIO A PARTIR DO SOL

Publicado
Les plantes vertes utilisent en permanence le Soleil pour transformer l'eau et le gaz carbonique (CO2) en molécules à haute valeur énergétique. (Crédits photo: Dinkum/Creative Commons)
Les plantes vertes utilisent en permanence le Soleil pour transformer l'eau et le gaz carbonique (CO2) en molécules à haute valeur énergétique. (Crédits photo: Dinkum/Creative Commons)
A fonte de energia renouvelable (renovável) mais abundante é,sem dúvida , a energia solar. O sol envia para a Terra uma potencia de 90.000 terawatts(TW) que, se comparado com os 14 TW consumidos no Planeta pela população mundial, deverá continuar a fazê-lo por mais alguns bilhões de anos.Entretanto, em razão de suas características intermitentes e de sua fraca densidade, é fundamental poder estocar e concentrar esta energia solar sob a forma de combustíveis.

Uma das possibilidades mais atraentes é transformá-la em hidrogênio, um combustível limpo (sua combustão produz apenas água), com uma alta densidade de energia (2,7 vezes mais do que o óleo), embora em estado gasoso à temperatura ambiente e pressão, fazendo o seu armazenamento e transporte difícil. Este hidrogênio é então usada para as células de combustível de energia para gerar eletricidade. Existem várias maneiras de obter hidrogênio a partir do sol. A primeira é realizar a eletrólise da água a partir da energia elétrica fornecida por painéis fotovoltaicos. Mas um outro método, inspirado por processos biológicos, pode mudar num futuro mais ou menos próximo, o nosso abastecimento de energético.

A conversão da energia solar em combustíveis é ,com efeito, admiravelmente feita pelo mundo vivo, vegetal notadamente, graças à fotossíntese.As plantas verdes utilizam constantemente o Sol para transformar água e gás carbônico(CO2) em moléculas de carbohidratos ,moléculas com alto valor energético. Elas não são os únicos seres vivos capazes de realizar estas reações. Certos microorganismos, como as algas unicelulares e as cianobactérias, tem a mesma capacidade de realizar a fotólise da água .

Servem-se de energia solar para "quebrar" a molécula de água em oxigênio e hidrogênio. A água não absorve os fótons ou "grãos" de luz do Sol e este verdadeiro "tour de force se efectua por meio de sistemas moleculares complexos e eficazes para coletar os fótons solares e convertê-los eficazmente, em energia química: o foto-sistema para a oxidação da água em oxigênio e as hidrogenases para a redução da água em hidrogênio. É preciso destacar que estes dois sistemas enzimáticos utilizam metais abundantes como o magnésio, o níquel ou o ferro, como catalizadores, enquanto as pilhas eletrolíticas e as pilhas de combustível, utilizam platina muito cara e pouco abundante na crosta terrestre.Não poderemos pensar numa economia baseada no hidrogênio se não resolvermos o problema dos catalizadores.

Graças ao conhecimento cada vez mais profundo destes mecanismos naturais e ao desenvolvimento espetacular da química "bio-inspirada", bom número de cientistas pensa que a fotossíntese artificial,isto é , a conversão direta da energia solar em combustíveis, por sistemas sintéticos, não naturais, está ao nosso alcance e deve ser desenvolvida. É possível testemunhar várias pesquisas, em grandes centros, em diversos países

Estas pesquisas devem conduzir a dispositivos tecnológicos bastante originais: células fotoeletroquímicas, capazes de produzir hidrogênio unicamente a partir da água e do Sol. É fascinante imaginar um mundo no qual cada um tornar-se-á enrgeticamente autônomo graças à disponibilidade local de " foto-eletrolizadores" e de pilhas a hidrogênio que fornecerão a eletricidade necessária, tendo o Sol como fonte de energia primária, o hidrogênio como vetor energético e a água como fonte de hidrogênio.

AUTOR:Marc Mennessier FOTO: DINKUM-CREATIVE COMMONS

FONTE: LE FIGARO.FR TRADUTOR :OLDECIR MARQUES

ÁGUA É VIDA!